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A comunicação na área da saúde tem um peso muito grande, afinal, trata-se da disseminação de dados ou orientações que estão relacionadas diretamente à vida de diversas pessoas. Com a pandemia da Covid-19, essa situação ganhou ainda mais destaque.
Nunca os órgãos de imprensa e esforços de comunicação foram tão essenciais: uma informação certa, na hora certa pode salvar vidas. E a luta contra fake news, uma verdadeira praga em nosso dia a dia, também faz parte do trabalho de jornalistas e comunicadores em todo o mundo.
Agora, neste período de vacinação global, por exemplo, todos os focos estão em levar orientações médicas o mais precisas possíveis para que todos possam se sentir tranquilos em relação ao que precisam fazer. Afinal, as vacinas só são eficazes se um número suficiente de pessoas as tomar e persuadi-las a fazer isso representa um enorme desafio para as empresas farmacêuticas, prestadores de serviços médicos e agências de saúde.
Uma questão que pode complicar as campanhas de comunicação de vacinas, por exemplo, é a percepção pública das próprias empresas farmacêuticas. Apesar de seu papel na criação de vacinas que salvam vidas, empresas como a Pfizer e a Moderna não são empresas altruístas.
“Minha opinião é que o desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus deu às empresas farmacêuticas um reforço de reputação há muito esperado. Ainda assim, a forma […] como eles cobram os preços de seus medicamentos e serviços criou enormes níveis de tensão em todo o mundo – especialmente nos EUA”, disse Claire Gillis, diretora executiva internacional da WPP Health Practice, na época da pandemia.
Esse tipo de tensão é o que pode complicar, em muito, o trabalho de comunicar os benefícios de um medicamento, ou neste caso, de uma vacina ao público. Não por acaso, a Pfizer lançou sua primeira campanha de marca ancorada no slogan ‘A ciência vai vencer’ e Gillis observou: “’quando falamos a ciência vai vencer’ trata-se de mudar a percepção de que as empresas farmacêuticas lucram com a saúde e com a doença”.
No entanto, ela acredita que uma maior conscientização do público sobre o processo científico por trás da produção de vacinas – dos riscos financeiros dos fabricantes de medicamentos e da colaboração que vem ocorrendo nos bastidores – pode ajudar a reabilitar a imagem do setor. “Não há outras indústrias que se empenhem tanto no desenvolvimento com tão pouco retorno”, salienta.
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